Muitas vezes a beleza está contida dentro do interior e precisa ser percorrida com cuidado, com o carinho de quem segura uma borboleta azul para soltá-la instantes depois. Neste livro o tema recorrente é a morte. Sayo sofre um terrível acidente que mata o namorado dela, Yoichi, e a deixa entre a vida e a morte. É quando a protagonista “viaja” para o mundo dos mortos e encontra seu avô e seu cão de estimação. Lá, diante de uma profusão de cores e boas energias, o avô da protagonista a leva de volta a sua vida material, pois ainda não era o momento do desencarne dela. O que eu gostei muito neste livro é acompanhar a viagem interior da personagem. A saída dela da “morte”, o caminhar como uma morta-viva pelas ruas de Tóquio e Kioto e a redenção, o momento em que ela percebe que a vida se basta, que o importante é o que fazemos com a oportunidade que temos de viver o aqui e agora, o instante presente. O encontro dela com Ataru, um homem cuja mãe morta ainda habita este planeta. Te
Começo esta resenha dizendo que este texto foi o mais difícil de fazer, não pelo conteúdo do livro, mas pelo envolvimento com ele. Explico: Ano passado meu amigo Luis Antonio me pediu que lesse um texto que ele havia escrito e que fizesse considerações sobre ele. A partir de então, passamos a falar semanalmente da história, com o Luis fazendo uma mudança aqui e ali, introduzindo novos personagens, dando vida ao argumento e premissa de uma trama envolvente. Eu vi nascer esta história, observei cada “célula” inserida pelo Luis, cada detalhe que ele cuidou com muito carinho, com muita atenção e cuidado para que Riacho Doce se tornasse um livro envolvente e sedutor. Dito isso, vamos a sinopse da trama. A história se passa no Brasil, em uma cidade fictícia chamada Riacho Doce. O período escolhido foi o pós Segunda Guerra Mundial. A história se divide em duas partes: As famílias e Paraíso Latino. Na primeira parte, As Famílias , tomamos conhecimento de cada personagem, um